Soma de tempo de contribuição de diferentes vínculos é possível?

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  • Por: Administrador
  • 22/07/2025

Entenda como funciona a contagem de tempo no INSS.

Ao longo da vida profissional, é comum que uma pessoa tenha atuado em diferentes empregos, como autônomo, servidor público ou com carteira assinada.

O que muitos não sabem é que, na hora de se aposentar, é possível somar o tempo de contribuição de todos esses vínculos, desde que respeitadas algumas regras.

Essa possibilidade pode ser essencial para quem deseja antecipar a aposentadoria ou garantir algum benefício do INSS. Neste artigo, vamos explicar como funciona essa contagem e o que é preciso fazer para garantir esse direito.

O que é a contagem de tempo de contribuição?

A contagem de tempo de contribuição consiste em calcular o período em que o trabalhador contribuiu para a Previdência Social, seja por meio do INSS ou de regimes próprios, como o dos servidores públicos.

A boa notícia é que todo o tempo trabalhado de forma regular, mesmo que em vínculos distintos e não contínuos, pode ser considerado para fins de aposentadoria, desde que devidamente comprovado.

Por exemplo: uma pessoa que trabalhou 8 anos como celetista (com carteira assinada), 5 anos como contribuinte individual (autônomo) e depois mais 10 anos como servidor público, pode somar esses períodos — em alguns casos, mediante a averbação ou a contagem recíproca de tempo de contribuição.

Isso permite que o trabalhador atinja mais rapidamente os requisitos exigidos para a aposentadoria por idade, tempo de contribuição ou até para se aposentar em um regime mais vantajoso.

O que é contagem recíproca?

A contagem recíproca é o mecanismo que permite somar o tempo de contribuição entre diferentes regimes previdenciários, como o Regime Geral da Previdência Social (RGPS, gerido pelo INSS) e os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), utilizados por servidores públicos.

Por exemplo, se alguém foi servidor público por 7 anos e depois passou a trabalhar na iniciativa privada, esse tempo pode ser utilizado no INSS, desde que o período seja averbado corretamente.

Da mesma forma, quem contribuiu no INSS e depois se tornou servidor, pode levar esse tempo para o RPPS. Essa troca de informações é possível graças a um documento chamado Certidão de Tempo de Contribuição (CTC).

Como regularizar os períodos de contribuição?

Para garantir que todos os períodos de trabalho sejam considerados na aposentadoria, é essencial ter a documentação correta. Isso inclui:
• Carteiras de trabalho (CTPS)
• Carnês de contribuição (GPS)
• Contratos de prestação de serviço
• Declarações de tempo de serviço
• Certidão de Tempo de Contribuição (quando se trata de regimes diferentes)

Além disso, é fundamental verificar se todos os vínculos estão registrados no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Caso haja lacunas ou divergências, o ideal é procurar um advogado previdenciário ou um contador para ajudar na regularização antes de solicitar o benefício.

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