- Por: Administrador
- 28/05/2025
Muitos trabalhadores se surpreendem — e se frustram — ao descobrir que, mesmo após décadas de contribuição ao INSS, o valor da aposentadoria será de apenas um salário mínimo. Essa situação é mais comum do que se imagina, e está ligada a fatores como forma de contribuição, valor recolhido ao longo dos anos e mudanças na legislação previdenciária.
Neste post, explicamos os principais motivos pelos quais isso acontece e o que pode ser feito para evitar essa realidade.
1. O valor das contribuições influencia diretamente no cálculo
No sistema atual, a aposentadoria é calculada com base na média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994. Ou seja, não importa apenas o tempo de contribuição, mas quanto foi recolhido ao longo dos anos.
Muitos trabalhadores contribuem com valores próximos ao salário mínimo durante toda a vida. Outros trabalham informalmente ou fazem contribuições esporádicas como autônomos, com alíquotas mínimas. Nesses casos, mesmo que haja décadas de recolhimento, a média salarial acaba sendo baixa — e, se a média for inferior ao salário mínimo, o INSS complementa o valor, mas o benefício será o mínimo garantido por lei.
2. Contribuinte individual ou MEI: atenção ao valor pago
Quem contribui por conta própria, como autônomo, prestador de serviço ou MEI (Microempreendedor Individual), também corre risco de se aposentar com um salário mínimo se não escolher a alíquota certa.
Por exemplo:
• O MEI contribui com 5% do salário mínimo, o que dá direito apenas ao benefício mínimo.
• Já quem contribui como segurado facultativo ou individual com 11% também terá o mesmo resultado: aposentadoria por idade com valor mínimo.
Só quem contribui com 20% sobre um valor maior pode ter uma aposentadoria acima do salário mínimo — mas isso exige planejamento e disciplina financeira.
3. A importância do planejamento previdenciário
Muita gente trabalha a vida inteira sem saber como funciona o cálculo da aposentadoria. Quando chega a hora de pedir o benefício, percebe que deixou de aproveitar oportunidades que poderiam melhorar o valor. Um bom planejamento previdenciário permite:
• Simular o valor da aposentadoria futura
• Escolher a melhor regra de transição
• Ajustar o valor das contribuições a tempo
• Corrigir lacunas no CNIS (cadastro de contribuições)
Em alguns casos, é possível até aumentar a média dos salários com contribuições retroativas ou complementações bem orientadas.
Conclusão
A aposentadoria com um salário mínimo não significa que o INSS está sendo injusto — muitas vezes, ela reflete uma média baixa de contribuições ao longo da vida. Mas isso pode ser evitado com informação e planejamento.
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